sexta-feira, 10 de julho de 2015

Sexualidade INFANTIL

Lembrando que: NA INFÂNCIA NÃO HÁ MALÍCIA!! 

       Segundo Freud, sexualidade e infância são assuntos interligados. Já na Fase Oral, que vai dos primeiros meses aos 2 anos de idade, a criança concentra seu prazer na região bucal. E a hora da mamada é um momento de alimentação e prazer. 

       Entre 2 e 3 anos de idade, vive-se a Fase Anal. Nessa hora ocorre aquilo que chamamos de "desfraldamento", quando há o contato real e visual com suas produções fisiológicas e o controle dos esfíncteres (músculos anulares que, por contração ou relaxamento, regulam o trânsito de órgãos como bexiga e intestino). Esta etapa da sexualidade infantil também requer atenção, pois um "desfralde" complicado pode gerar insegurança e "rejeição" ao próprio corpo.

       Dos 4 aos 6 anos, com relação a sexualidade infantil, a criança vive a Fase Fálica, em que ocorrem as maiores explorações e descobertas a respeito de seus órgãos sexuais. Nesse momento, eles também percebem a diferença entre o corpo feminino e masculino de maneira mais evidente, e há mais interesse no corpo do outro. A masturbação é recorrente, mas nessa fase a criança não tem consciência nem malícia no ato que se resume em um gesto gostoso, que faz bem ou serve como instrumento antiestresse. Ela alivia tensões decorrentes de alterações da rotina ou ajuda a "descarregar" as emoções. Por isso, os pais não devem ridicularizar, proibir ou cercear este movimento. Dessa forma, podem bloquear o contato da criança com o próprio corpo.


   A partir dos 7 anos, a criança vive a Fase de Latência, que antecede a puberdade e na qual ocorre a preparação psíquica para mudanças que virão. Nesse momento, o intelecto tem destaque na vida da criança, pois as habilidades aparecem e as cobranças da família também. Dessa forma, é natural que não haja muito espaço para que o pré-adolescente viva sua sexualidade. Os pais podem auxiliar conversando sobre as mudanças do corpo.

       Atualmente, há crianças com idade em torno dos 11 anos cujo desenvolvimento corporal é avançado, e os pais precisam estar preparados para introduzir o diálogo a respeito de temas como camisinha, gravidez e drogas. Além de "preparar o terreno", essa atitude aproxima pais e filhos.





- Valesca Sousa
Psicóloga Clínica - Especialista em Neuropsicologia

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